A Fazenda Cabeceira do Prata é associada à Associação Sul–Mato–Grossense dos Produtores de Novilho Precoce e inserida ao Programa de Boas Práticas Agropecuárias – BPA, que tem por objetivo geral, “Contribuir para o aumento da competitividade da bovinocultura de corte, mediante a incorporação de tecnologias que viabilizam as boas práticas em cada sistema de produção”.
O BPA é um conjunto de normas e procedimentos a serem adotados pelos produtores rurais, de forma voluntária, para tornar os sistemas de produção mais rentáveis e competitivos, assegurando a oferta de alimentos seguros provenientes de sistemas de produção sustentáveis.
As pastagens da fazenda são manejadas a conciliar a produção pecuária e a proteção da RPPN, evitando conflito entre estas duas atividades.
O trabalho desenvolvido prioriza a produção de animais precoces, ou seja, com um maior ganho de peso em menos tempo de vida, utilizando-se da biotecnologia de Inseminação Artificial em Tempo Fixo – IATF, para isso são utilizadas vacas “matrizes” da raça nelore na qual são sincronizadas o período reprodutivo de todo o lote, e são inseminadas com sêmen comercial provenientes dos melhores animais da raça Angus. O objetivo deste cruzamento é produzir um animal rústico, característica originária do nelore e com o ganho de peso do Angus, tendo assim um animal com um bom acabamento de carcaça. A também o cruzamento de nelore x nelore, para a reposição de matrizes do plantel.
O restante da produção é encaminhado para o abate nos frigoríficos distribuídos no Estado.
A alimentação do gado consiste em regime de pasto, recebendo uma suplementação mineral diária no cocho, para suprir deficiências de nutrientes essenciais ao desenvolvimento animal.
Também produzimos gado da raça Gir Leiteiro PO, sendo as matrizes submetidas a outra biotecnologia, a de Inseminação Artificial – IA, com sêmen de touros renomados da mesma raça. No período embrionário, estas são submetidas a uma coleta dos embriões que serão transferidos as receptoras (vacas barriga de aluguel), podendo assim aumentar o plantel em menos tempo. Esta produção é monitorada pela Associação Brasileira dos Criadores da Gir Leiteiro – ABCGIL, onde acompanha a produção leiteira e avalia as características fenótipos dos animais.
Toda a produção de leite é destinada para a fabricação de queijo e doce de leite que são utilizados na refeição dos funcionários e do restaurante, no período de alta produção de leite os doces também são comercializados na loja do atrativo.
Além da criação de gado para corte e leite, destacam ainda à criação de cavalos da raça crioulo, animais estes conhecidos por serem resistentes e tranquilos. A fazenda também dispõe de criação de ovinos e suínos para consumo interno.
A loja de souvenir além de ser um ambiente de incentivo ao artesão regional e valorização da cultura local, nela também é possível verificar a preocupação em destinar corretamente as carcaças dos animais de abate o couro, osso e chifre bovino, e os pelegos dos carneiros são encontrados em forma de artesanatos sofisticados, feitos através de associações como a “Arte osso” em parceria com Sebrae ou artesãos autônomos.
Com informações de Luiza Coelho