Prática visa melhorar gestão dos efluentes gerados na fazenda e melhorar a qualidade do ambiente para os seus colaboradores.
A Fazenda Cabeceira do Prata, uma das propriedades da Genética Aditiva, localizada em Jardim (MS), adotou uma das técnicas aprendidas durante curso de Introdução a Permacultura, realizado em agosto de 2019 no Núcleo Ser Vir a Vida em Miranda (MS), ministrado pela engenheira ambiental e permacultora Adriana Galbiati e o permacultor Wagner dos Santos.
Foi criado um círculo de bananeiras, tecnologia apropriada para destinação das águas cinzas provenientes da cozinha, lavagem de roupa e banho, um sistema ideal para o reuso das águas servidas no local da geração deste esgoto, além de beneficiar a produção de bananas.
Nádia Pisetta, bióloga do atrativo, revela que o círculo de bananeiras é um sistema de baixo custo, “principalmente pela facilidade de implantação e simplicidade de operação e manutenção do sistema”.
Como a maior parte das propriedades rurais, o sistema tradicional de saneamento é a fossa séptica, onde a decomposição do esgoto ocorre através da ação de bactérias. “Muitas vezes a destinação destas águas cinzas, causam uma sobrecarga do sistema da fossa, fazendo com que ela transborde, ou deixando o sistema menos eficiente pela diluição dos microorganismos. No caso da Fazenda Cabeceira do Prata, a ideia foi retirar do sistema da fossa as águas provenientes do tanque e da máquina de lavar roupas”, diz Nádia.
Foi cavado, atrás do alojamento dos colaboradores, um buraco de aproximadamente 70 cm de diâmetro, por 70 cm de profundidade, o qual foi preenchido com resíduos de poda de árvores e varrição da fazenda, como troncos, galhos e folhas. Na sequência, os colaboradores fizeram a ligação do cano que destina a água do tanque e máquina de lavar para dentro deste sistema.
“Ao redor desta bacia escavada, nós plantamos mudas de bananeiras. Então é ideia é que a água, que não é contaminada, seja filtrada pelos troncos e galhos e seja absorvida pelas bananeiras”, acrescenta Nádia.
Ressalta ainda que “o círculo de bananeiras vai promover a recarga do lençol freático, diminuir o consumo de água tratada para irrigação, uma vez que eu não vamos ter que regar as banana, nós mantemos os nutrientes no local e fazemos que essas mudas cresçam ali, diminuindo o volume de esgoto e consequentemente o impacto na fossa. Como saída nós vamos ter a produção das bananas e de composto orgânico”.
Veja o vídeo: